The Order 1886
é um PFS, jogo de tiro em primeira pessoa, lançado para PS4, sendo um dos
primeiros exclusivos deste console. Ele teve grande destaque nas ultimas
edições da E3, o maior evento de games do mundo, o que traz muita atenção para
este novo titulo, além de criar uma grande expectativa. Infelizmente o jogo
deixa a desejar em vários aspectos.
A Itens que você pode examinar em suas mãos,aqui você pode ver o qualidade do modelo desta arma. |
A Inglaterra da Era Vitoriana, as belas construções, o ceu nublado e os dirigíveis voando pelos céus |
Porém depois que você já se
empolgou com a maravilhosa beleza do jogo, e começa a jogar pra valer é que aparecem
os problemas. Primeiramente são os poucos objetos que é possível interagir,
sendo que nos primeiros momentos isso parecia ser algo importante. Têm alguns
utensílios que você pode pegar e analisar em sua mão, gera-lo e olhar os
detalhes, mas e muitos casos isso é inútil, mesmo quando se esta investigando,
perdendo uma ótima oportunidade para se ter um modo de busca de pistas.
Esse
é um problema que se repete com outras mecânicas do jogo, como a de abrir
portas usando uma ferramenta especial para arrombamento, que só é utilizada em poucos
lugares e em certos momentos, não havendo portas secretas ou rotas
alternativas. O mesmo acontece com um apetrecho criado por Nikola Tesla, que é
um jovem inventor que trabalha criando armas para a Ordem, que transforma
corrente continua para a corrente alternada de um equipamento elétrica criando
pane no sistema, que é subutilizado para abrir meia dúzia de portas, que pelo
que foi dito por Tesla poderia ter muito mais proveito.
Nikola Tesla te dá este equipamento que consegue alterar a corrente elétrica, infelizmente você não vai usar muito. |
Outro problema é os Quick Time Events, que são momentos em
que o jogo entre em modo automático e vão aparecendo comandos na tela para você
executar, como apertar quadrado ou segurar o direcional para cima, caso você
seja bem sucedido o personagem vai esquivar ou atacar o inimigo, senão você é
atingido ou erra o ataque. Em muitos jogos isso é colocado como um mini-game,
para criar um momento cinematográfico em uma luta sem que o jogador fique
apenas olhando sem interagir, se bem usado este recurso é ótimo, mas não é o
caso do The Order.
Esse
jogo usa isso da maneira mais irritante que existe, em eventos de um único
comando que se você erra dá game over, somente para voltar alguns poucos
momentos depois. Um exemplo disso foi quando estava com uma mulher dentro de um
galpão, e depois de abrir uma porta, aparece uns capangas armados encima de uma
plataforma e disparam contra nos dois, surgi na tela um comando para apertar o
analógico para um lado, que por acaso eu não fiz no tempo certo, e a minha
companheira acabou levando um tiro na cabeça, só para eu voltar na parte da
porta fechada. Os comandos são pré-definidos, nunca mudando a sequência, isso
só deixa mais enfadonho esses eventos, principalmente quando você falha.
Os Efeitos de luz ficam muito incríveis nesta fase onde ocorre uma batalha noturna, o efeito do dispara da arma é muito impressionante. |
O terceiro fator que desaponta em The Order é o roteiro,
que começa meio morno sem muita empolgação e quando começa a ficar mais legal o
jogo termina, a historia é curta e acaba deixando muitas duvidas e pontas
soltas no ar, que a empresa vai usar para futuras expansões ou DLC, isso deixa
uma frustração imensa.
Há
vários elementos que são lançados de maneira sutil durante sua
aventura, mas que não são desenvolvidos, sendo usadas somente como explicação
para alguma coisa do jogo, como a poção que recupera sua vida e regenera suas
feridas. O universo parece ser muito fascinante, a ordem tem como missão
proteger o império Britânico, que neste mundo é muito mais poderoso que ele já
foi, dá a entender que os EUA não são uma terra independente e sim mais uma colônia
britânica, assim como a Índia. Sua Fundação data de épocas antigas e seu
fundador foi o Rei Arthur, assim como a poção está ligada a os contos medievais
do Santo Graal e seus cavaleiros.
A
tudo isso se junta ainda personagens históricos como Tesla, Darwin, Jack o Estripador,
num mundo com elementos de horror, com vampiros e licantropos lutando contra o
ordem, e uma pitada de Steam Punk, com enormes dirigíveis atravessando os céus
como os poderosos encouraçados, mais as armas muito avançadas que você carrega.
Somando tudo isso se tem um lugar muito rico para criar uma historia marcante,
mas que é passado rápido sem o menor aprofundamento que merecia. É o mesmo
problema que Destiny teve, um universo rico subaproveitado.
O seu grupo a sua frente a esquerda está Isabeau, e a sua direta esta Lafayette, e a frente vários inimigos para serem mortos em nome do Império. |
Para piorar há um grande agravante
para The Order, a falta de um modo multiplayer. FPS costuma ter historia curta
mesmo, só que eles se sustentam pelo modo online , onde as pessoas podem passar
horas jogando contra outras pessoas. Já esse jogo não tem isso, e depois que você
termina não há motivo para voltar a joga-lo, então você tem uma campanha de
umas quatros, cinco horas.
The
Order é um game que parecia ser incrível,e que tinha muito potencial. Mas no
fim se mostrou um game que tenta se sustentar na aparência, literalmente neste
caso, já que a única parte que ele realmente impressiona é nos gráficos. Se você
gosta de um jogo de tiro e que seja muito bonito,você vai até gostar deste
titulo, mas caso queira algo que seja só um pouco mais que isso, é melhor
guardar o seu dinheiro.